segunda-feira, dezembro 05, 2005

"Mandelson critica Londres por causa da reforma da PAC"

Nos termos de um artigo da jornalista Márcia Galrão, publicado na edição de hoje do Diário Económico, " O comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, criticou o governo britânico pela exigência de desmantelar a Política Agrícola Comum (PAC), afirmando que isso não beneficiará os países mais pobres.
No canal de televisão ITV, Mandelson acusou o ministro das Finanças Gordon Brown 'de ir longe demais' nas suas pretensões para a reforma da PAC, sugerindo-lhe que se questione sobre quem irá beneficiar com a supressão das barreiras aduaneiras em matéria agrícola. 'Os mais pobres dos países em desenvolvimento, que dependem de uma matéria-prima ou duas para o seu comércio e as suas exportações agrícolas, vão precisar de manter os direitos aduaneiros, de um certo grau de protecção e de um comércio organizado', afirmou.
À margem da reunião dos ministros das Finanças do G7, que decorreu em Londres durante o fim-de-semana, Gordon Brown sublinhou que a França aceita as novas concessões sobre a PAC, em troca da garantia escrita do Brasil e da Indía de baixar as tarifas aduaneiras sobre a indústria e os serviços.
Durante esta reunião, os vários ministros das Finanças do G7, tentaram dar um novo fôlego às conversações sobre o comércio internacional, assumindo um conjunto de compromissos a pensar na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) que decorre entre 13 e 18 de Dezembro, em Hong Kong.
'O ponto mais importante que abordamos foi um desenvolvimento ambicioso do ciclo de Doha até ao fim de 2006', declarou o secretário americano do Tesouro, John Snow. No final da reunião, o G7 publicou um comunicado onde preconiza um relançamento do ciclo de negociações comerciais de Doha, 'essencial' para 'estimular o crescimento mundial e a redução da pobreza'. Na próxima semana, em Hong Kong, os ministros do Comércio de 148 países da OMC irão tentar elaborar um acordo internacional no quadro do ciclo de Doha.
O G7 apelou ainda à China para continuar com os controles exercidos sobre a sua taxa de câmbios, depois da reavaliação da moeda chinesa ocorrida em Julho." (As hiperligações foram acrescentadas)

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