sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Em Portugal, "Secretário de Estado reassume compromissos de Quioto"

De acordo com o jornal Público, "O secretário de Estado do Ambiente reassumiu ontem os compromissos portugueses face ao Protocolo de Quioto e desvalorizou dados divulgados na quarta-feira pela Comissão Europeia dando conta de um aumento de 42,2 por cento das emissões de gases poluentes.
'O relatório está desactualizado, porque o cenário de crescimento económico [a partir do qual os números foram trabalhados] não é real e porque não contempla mecanismos entretanto criados, como o Fundo de Carbono' disse Humberto Rosa à margem de uma conferência internacional sobre turismo e certificações ambientais.
As projecções europeias divulgadas na véspera do primeiro aniversário da entrada em vigor do protocolo de Quioto apontavam para um aumento de 42,2 por cento das emissões nacionais de gases com efeito de estufa, face ao ano de referência de 1990, muito acima do tecto de 27 por cento que foi atribuído a Portugal. O secretário de Estado do Ambiente afirmou, no entanto, que a última avaliação nacional do estado de cumprimento de Quioto, apresentada em finais de Janeiro, está muito mais actualizada.
Este relatório aponta para um crescimento de 36 a 39 por cento em 2010, tendo em conta que todas as medidas previstas no Plano Nacional de Alterações Climáticas (PNAC) teriam sido aplicadas em 2004, o que não aconteceu. 'Temos de analisar porque é que nem todas as medidas foram concretizadas e empreender todos os esforços para que sejam aplicadas', sublinhou o governante.
O PNAC foi, entretanto, revisto e contempla já a revisão de algumas políticas e medidas adicionais que incidem sobretudo no sector dos transportes (desenvolvimento das acessibilidades ferroviárias ao porto de Aveiro, electrificação da Linha da Beira Baixa, desenvolvimento da plataforma logística de Sines e integração do sistema marítimo-portuário nacional nas auto-estradas do mar).
Humberto Rosa admitiu que 'a fotografia actual está longe de ser a desejável', mas rejeitou uma 'visão fatalista', sublinhando que o Governo continua a trabalhar no sentido de cumprir as metas. Lusa"

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