O Estado de São Paulo, de hoje, noticia que para especialistas, gripe aviária pode se tornar doença endêmica na África. "O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, anunciou ontem que focos de infecção pelo H5N1, a cepa mais letal do vírus da gripe aviária, foram detectados em Níger, terceiro país africano atingido pela doença, depois de Nigéria e Egito. A gripe teria vitimado patos domésticos. Mas um porta-voz do governo do Níger não confirmou a informação. O anúncio da OIE aumentou o alerta entre especialistas, reunidos em Paris. Como os serviços veterinários e laboratórios africanos são, em geral, precários e falta aos criadores dados básicos sobre a doença - enquanto sobram suspeitas de que não serão adequadamente indenizados pelo sacrifício de suas aves -, a influenza pode ter se espalhado muito mais do que o oficialmente admitido. Os novos casos são "apenas o prelúdio para que o vírus se torne endêmico na África", diz Ilaria Capua, chefe do laboratório italiano que notificou casos de H5N1 em Níger. "Precisamos compreender que toda a África está infectada", afirma Nikolai Vlasov, responsável pelo serviço veterinário russo. "O raio de incidência do vírus é mais amplo do que vemos nos jornais." Para Vallat, todos os países vizinhos da Nigéria - Benin, Chade e Camarões, além de Níger - estão sob grande ameaça. "A Nigéria não adotou as medidas de confinamento", reclama. A França anunciou que vai vacinar gansos e patos contra a gripe aviária. A informação sobre número de aves a serem vacinadas varia de 300 mil a 1 milhão.
Quanto mais se espalha entre aves domésticas, maior é o risco de a gripe aviária infectar humanos. Quase todos os casos registrados são associados ao contato direto de pessoas com aves de granjas ou de pequenas criações de fundo de quintal. A OMS atualizou ontem a lista de casos e mortes entre humanos para 173 e 93, respectivamente.
O laboratório de referência em Weybridge, Inglaterra, confirmou infecção por H5N1 em dois cisnes silvestres na Bósnia. A vizinha Croácia reportou ontem a segunda ocorrência nas últimas duas semanas. Uma avícola foi afetada pela doença no Azerbaijão, mas ainda não foi especificada a variante do vírus. O H5N1 fora detectado no início de fevereiro em aves silvestres. O governo da Geórgia anunciou ter localizado cisnes selvagens mortos pelo vírus. Papagaios e faisões de um zoológico no sul da Ucrânia morreram de influenza, mas as autoridades dizem que não se trata do H5N1. A variante já havia sido detectada na Criméia em 2005. Exames em frangos de duas granjas no noroeste do Paquistão deram resultado positivo para o vírus H5. Não houve casos de H5N1 nos últimos dois anos, mas em 2003, mais de 3 milhões de aves foram sacrificadas depois do surgimento de um foco de gripe aviária causada pela cepa H7N3".
Quanto mais se espalha entre aves domésticas, maior é o risco de a gripe aviária infectar humanos. Quase todos os casos registrados são associados ao contato direto de pessoas com aves de granjas ou de pequenas criações de fundo de quintal. A OMS atualizou ontem a lista de casos e mortes entre humanos para 173 e 93, respectivamente.
O laboratório de referência em Weybridge, Inglaterra, confirmou infecção por H5N1 em dois cisnes silvestres na Bósnia. A vizinha Croácia reportou ontem a segunda ocorrência nas últimas duas semanas. Uma avícola foi afetada pela doença no Azerbaijão, mas ainda não foi especificada a variante do vírus. O H5N1 fora detectado no início de fevereiro em aves silvestres. O governo da Geórgia anunciou ter localizado cisnes selvagens mortos pelo vírus. Papagaios e faisões de um zoológico no sul da Ucrânia morreram de influenza, mas as autoridades dizem que não se trata do H5N1. A variante já havia sido detectada na Criméia em 2005. Exames em frangos de duas granjas no noroeste do Paquistão deram resultado positivo para o vírus H5. Não houve casos de H5N1 nos últimos dois anos, mas em 2003, mais de 3 milhões de aves foram sacrificadas depois do surgimento de um foco de gripe aviária causada pela cepa H7N3".