O Governo reforçou os objectivos para as centrais de biomassa florestal em Portugal de 150 MW para 250 MW. Uma medida que foi justificada como forma de combater a sucessiva vaga de incêndios que afectam o país.
Para cumprir este objectivo, o Executivo português lançou concursos para mais 10 novas centrais, atribuindo 100MW de licenças, num investimento previsto de 250 milhões de euros. Para estes concursos serão privilegiadas as áreas prioritárias para a gestão de combustível florestal, onde ainda não existam intenções de investimento.
Em causa estão dois tipos de centrais: até 12 MW e 6 MW. O Executivo espera assim reduzir o risco estrutural de incêndio, retirando quase um milhão de biomassa das florestas portuguesas, criar cerca de 500 a 800 postos de trabalho nos locais de recolha e fomentar dinâmicas de inovação na gestão e exploração florestal.
Os concorrentes às novas 10 centrais terão que realizar um estudo detalhado do recurso florestal disponível na área de influência da central, entregue em conjunto com o respectivo caderno de encargos, e serão classificadas de acordo com o tipo de biomassa que pretendem utilizar, a solidez e sustentabilidade da fornecimento à central, a eficiência da tecnologia de produção de electricidade, o aproveitamento do calor e os contributos para a inovação e dinamização do sector.
Actualmente a única central de biomassa florestal em funcionamento é a central de Mortágua com 10 MW de potência instalada, que tem sido apontado com um exemplo de sucesso pela recolha de biomassa naquela localidade e os postos de trabalho criados, existindo processos de licenciamento para outros 140 MW.
O aumento, em 2005, da tarifa para a electricidade produzida através das centrais de biomassa em mais de 20% criou condições para o aparecimento de novas centrais.
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