Portugal paga uma elevada factura económica e ambiental pela sua dependência energética de combustíveis fósseis.
Mais de 85% da energia consumida em Portugal é importada e por cada dólar a mais no preço do barril, o custo anual é de 105 milhões. E a factura que Portugal paga pela energia que importa vai aumentar mais de mil milhões de euros em 2006, dramatizando assim o elevado grau de dependência da economia face ao petróleo e ao gás natural e as consequências negativas esperadas sobre a actividade económica. Isto significa que, em apenas três anos (de 2004 até final de 2006), Portugal vê agravada a sua conta energética em mais de três mil milhões de euros devido à elevada dependência face ao exterior.
A este custo vem-se juntar o défice estimado para o cumprimento do Protocolo de Quioto (entre 1,7 milhões e 5,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, segundo uma estimativa que se pode revelar excessivamente optimista).
Apesar desta elevada factura que os portugueses pagam actualmente pela combinação energética nacional monodependente, segundo o "Eurobarómetro" (IP/06/66, 24/01/2006) sobre "Atitudes relativamente à Energia", divulgado pela Comissão Europeia, quando questionados sobre os sacrifícios que estariam dispostos a fazer em prol de uma energia "verde", ou seja, produzida a partir de fontes renováveis e endógenas, 70% dos portugueses respondem que não estão preparados para pagar mais por energia renovável do que por energia produzida a partir de outras fontes.
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