RIO, 3 de novembro de 2005 - A Fundação Nacional do Índio (Funai) alertou há três anos a Vale do Rio Doce para o despreparo das tribos indígenas de Carajás na administração de recursos concedidos pela mineradora. O administrador da Funai em Belém, Eimar Araújo, não nega as acusações da Vale - as associações indígenas estariam comprando carros de luxo, aviões, e fazendo outros "pleitos estranhos" -, mas afirma que entregou pessoalmente um documento no qual avisa a "falta de noção financeira", de algumas tribos.
"Os índios xikrins não têm noção financeira, não têm estudo e as associações (que recebem diretamente os recursos da Vale) são gerenciadas por homens brancos", conta Araújo. A partir da Resolução do Senado 331, de 1986, a Vale destina recursos aos índios próximos ou estabelecidos nos trajetos da produção de minério de ferro, que é de 85 milhões de toneladas por ano em Carajás. De 1989 até o início desta década, a mineradora entregava o dinheiro à Funai. Mas depois a companhia passou a encaminhar os recursos diretamente. A prática sem intermediação, segundo a Funai, não está prevista em lei. Procurada, a Vale não comenta as afirmações.
"Deveria haver um termo aditivo ao convênio de 1989 que oficializasse essa prática", responde Araújo, ao ser indagado sobre o que diz a legislação. O convênio estabelece que a Vale atenda às necessidades de saúde, educação, infra-estrutura e atividades produtivas como contrapartida ao uso das terras indígenas.
"Os índios xikrins não têm noção financeira, não têm estudo e as associações (que recebem diretamente os recursos da Vale) são gerenciadas por homens brancos", conta Araújo. A partir da Resolução do Senado 331, de 1986, a Vale destina recursos aos índios próximos ou estabelecidos nos trajetos da produção de minério de ferro, que é de 85 milhões de toneladas por ano em Carajás. De 1989 até o início desta década, a mineradora entregava o dinheiro à Funai. Mas depois a companhia passou a encaminhar os recursos diretamente. A prática sem intermediação, segundo a Funai, não está prevista em lei. Procurada, a Vale não comenta as afirmações.
"Deveria haver um termo aditivo ao convênio de 1989 que oficializasse essa prática", responde Araújo, ao ser indagado sobre o que diz a legislação. O convênio estabelece que a Vale atenda às necessidades de saúde, educação, infra-estrutura e atividades produtivas como contrapartida ao uso das terras indígenas.
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