quarta-feira, setembro 20, 2006

"África torna-se caixote do lixo de países ricos"

O Jornal de Notícias de hoje denuncia que "África está a ser destino privilegiado de produtos tóxicos provenientes de todo o mundo, devido a um conjunto de factores que envolvem a pobreza, a corrupção e uma democracia inexistente ou em crise. 'Falam-nos de globalização, de aldeia global, mas nós temos a sensação de ser a fossa séptica dessa aldeia', comentou o conhecido militante ecologista senegalês Haidar El Ali.
O caso dos resíduos tóxicos derramados de um barco grego quando da descarga na capital económica da Costa do Marfim é apenas o último de uma série que tem transformado o continente mais pobre em lixeira. Contentores com produtos altamente tóxicos depositados num porto do Norte da Somália verteram quando o tsunami de 2004 se propagou pelo Índico. Segundo o Programa da ONU para o Ambiente, manifestaram-se, no seguimento disto, doenças entre as populações locais. Muitas empresas, algumas europeias, exportaram para ali resíduos tóxicos ao longo das décadas de 80 e 90. O tráfico prossegue, apesar da Convenção de Bâle [Basileia...]. Na Europa, o tratamento de resíduos custa seis a 15 vezes mais que em África, onde não é feito propriamente tratamento, mas tão só armazenamento e em deficientes condições." (As hiperligações foram acrescentadas)

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