terça-feira, setembro 19, 2006

"Bruxelas aceita proteger produtores de banana"

Segundo o Público de hoje, "A Comissão Europeia deverá propor amanhã um envelope global de 280 milhões de euros em ajudas ao rendimento dos produtores comunitários de banana - situados na Madeira, nas Canárias e nos departamentos ultramarinos franceses - que deverá garantir 8,6 milhões a Portugal. Ao mesmo tempo, Bruxelas tem já praticamente assente que introduzirá na sua proposta um mecanismo de salvaguarda destinado a compensar os produtores europeus de eventuais flutuações graves dos seus rendimentos, em resultado da concorrência da produção latino-americana, mais conhecida por 'banana dólar', cujos custos de produção são muito inferiores.
De acordo com o que o PÚBLICO apurou, Bruxelas deverá incluir na sua proposta a garantia de que se houver alterações significativas da situação económica dos produtores, proporá medidas de compensação antes de 2009.
As propostas da Comissão correspondem às pretensões dos três países produtores, cujos responsáveis nacionais, regionais - incluindo o ministro da Agricultura português, Jaime Silva, e o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira, Manuel António Correia - e as associações de produtores se reuniram ontem à margem de uma reunião dos ministros da Agricultura dos 25.
Estes responsáveis consideraram 'equilibrado' o novo pacote de 280 milhões de euros de ajudas que a Comissão deverá propor - em vez dos 220 milhões inicialmente previstos - o que deverá garantir 8,1 milhões de euros aos produtores da Madeira, 400 mil dos Açores e 100 mil do Algarve. A mesma reunião resultou num consenso sobre a necessidade de pressionar a Comissão a prever medidas de salvaguarda. Os produtores comunitários temem que a pressão dos principais consumidores de banana do Centro da Europa - sobretudo a Alemanha e a Polónia - leve à redução da tarifa única de 176 euros por tonelada que é cobrada à importação da 'banana dólar' na UE. 'Há uma forte pressão para baixar' a tarifa porque a 'maioria dos estados-membros quer importar ao mais baixo preço', reconheceu Jaime Silva."

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