O governo brasileiro espera nova proposta da União Européia para tomar decisões no caso do frango salgado - que tem cerca de 5% de sal no volume. A informação foi dada pelo secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Mário Mugnaini.
Segundo ele, o Brasil espera que o encontro de autoridades européias nesta quarta-feira, em Genebra, possa resultar em nova proposta de compensação ao aumento das tarifas imposto pela Europa ao produto brasileiro. Conforme o secretário, o governo brasileiro quer que a Europa use a média dos últimos três anos para compor uma forma de compensação à alta das tarifas.
A Europa, por sua vez, propõe usar média maior, que poderia variar entre cinco e dez anos, para a conta da compensação. O prazo alongado prejudica o Brasil, já que boa parte das exportações está concentrada nos últimos anos.
Nas negociações, o Brasil também quer condições para que os produtores nacionais não percam participação de mercado já conquistada na Europa. "A idéia principal é não perder market share. Assim, se o mercado crescer 10%, queremos que as condições de compensação sejam ampliadas em igual proporção", diz o secretário, que lembra que exportadoras brasileiras fizeram investimentos relevantes visando o segmento de frango salgado.
A proposta anterior feita pela Europa previa novas condições para o próprio frango salgado, frango cozido e peru. A oferta não foi aceita pelos negociadores brasileiros.
O frango salgado é motivo de embate entre Brasil e Europa há alguns anos, quando exportadores brasileiros descobriram que as tarifas de importação desse produto eram muito inferiores às praticadas para o frango congelado ou resfriado. Conforme números apresentados por Mugnaini, a importação do frango salgado tem tarifa próxima de 15%. Já o frango congelado ou resfriado é tributado em cerca de 75%.
Fonte: Investnews.
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