quarta-feira, setembro 24, 2008

"CPLP quer ser actor global nas metas ambientais da ONU"

Segundo o Diário Digital, "A CPLP vai finalizar, dentro de um ano, um programa de cooperação que lhe permitirá ajudar a cumprir as metas ambientais definidas nos Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD), disse hoje o director-geral da organização.
Em declarações à Agência Lusa, o director-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz, referiu que foi criado já um 'comité gestor' para, ao longo dos próximos 12 meses, elaborar o programa, que se centrará em quatro eixos prioritários: fortalecimento institucional, comunicação e cidadania ambiental, desenvolvimento científico e tecnológico e gestão e acompanhamento.
Hélder Vaz indicou que a primeira reunião técnica do comité gestor, de dois dias, terminou hoje em Lisboa, com a aprovação da metodologia de trabalho e a definição dos grupos de trabalho regionais e locais. 'A ideia é fazer da CPLP um actor global no cumprimento das metas ambientais dos OMD definidos em 2000 pelas Nações Unidas. É um projecto muito ambicioso que terá intervenções nos quatro continentes', sublinhou.
O projecto inicial, adiantou, conta com o financiamento de 575 mil euros - 475 mil do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e 100 mil do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) - e permitirá formular e orçamentar o Programa de Cooperação Sul/Sul e Norte/Sul da CPLP.
Segundo referiu, o objectivo é apoiar a implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no quadro da cooperação entre a CPLP e a FAO, com base no protocolo assinado em Maio último pelo então secretário executivo da comunidade, Luís Fonseca, e o director-geral daquela agência da ONU, Jacques Diouf.
O projecto, num âmbito mais vasto, cobrirá todos os países da CPLP, tendo também por objectivo contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a redução da pobreza nos PALOP e Timor-Leste. Tal será efectuado através da capacitação nacional para o planeamento intersectorial e participado do combate à desertificação e com concepção de um Programa de Cooperação CPLP de Combate à Desertificação, referiu. 'O programa representa um elemento essencial na luta contra a degradação das terras e das condições de vida das populações que habitam as zonas afectadas e na gestão e conservação dos recursos naturais, auxiliando também no combate às alterações climáticas', realçou Hélder Vaz.
A CPLP, criada em Julho de 1996, congrega Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e conta, desde Julho deste ano, com um novo secretário-executivo, o guineense Domingos Simões Pereira." (A imagem e as hiperligações foram acrescentadas)

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