terça-feira, setembro 25, 2007

"Portugal estuda medidas contra bioterrorismo"

No Público, o jornalista José Bento Amaro dá conta que "Representantes da ASAE, do Exército e do Instituto Ricardo Jorge reuniram-se ontem em Lisboa para estabelecer os métodos de actuação em caso de um atentado bioterrorista em Portugal. Tratou-se de um encontro preparatório, o terceiro desde que no início do ano foi decidido (dando provimento ao que estipula a União Europeia desde 2004) criar um grupo de trabalho para enfrentar uma possível situação de contaminação alimentar.
No encontro de ontem, para além dos peritos alimentares da ASAE, participaram ainda elementos do Departamento de Dromatologia e Defesa Biológica do Exército, assim como peritos dos departamentos de Alimentação e Nutrição e de Doenças Infecciosas do Instituto Ricardo Jorge.
'Não há ainda quaisquer conclusões, uma vez que se tratou apenas de uma reunião preparatória. Trata-se somente de uma medida preventiva [a criação do grupo de trabalho], tanto mais que não existem sinais de uma ameaça evidente [para Portugal]', disse ontem ao PÚBLICO o porta-voz da ASAE, Manuel Lage.
No encontro, que juntou dois representantes de cada um dos organismos intervenientes, terão sido analisadas metodologias de trabalho tendo por base as acções preventivas que já existem noutros países europeus.
Embora a actividade deste grupo de trabalho ainda se encontre em fase embrionária, admite-se que futuros procedimentos tenham como base a legislação dos Estados Unidos da América (EUA) em relação à matéria. Esta legislação, datada de 2002 (elaborada na sequência de alguns ataques bioterroristas nos EUA), prevê o cadastramento de todas as empresas que se dedicam ao fabrico, transformação e embalagem de alimentos. Também a importação de produtos alimentares deverá ser alvo de controlo, o qual irá incidir, entre outros aspectos, no
transporte. Nos EUA são alvo de atenção os alimentos infantis, os enlatados e congelados, as frutas e vegetais, o peixe e o marisco, produtos de pastelaria, animais vivos para alimentação, rações de origem animal e a comida para animais domésticos.
O grupo português encarregado do bioterrorismo deverá elaborar uma lista dos bens alimentares susceptíveis de serem mais facilmente contaminados, bem como de uma outra de entidades a contactar e procedimentos imediatos a tomar." (As hiperligações foram acrescentadas)

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