De acordo com um artigo de Alexandra Campos na edição de hoje do jornal Público, "O Instituto do Ambiente (IA) vai passar a disponibilizar previsões a três dias das concentrações de ozono na atmosfera na sua página na Internet. A iniciativa, ainda em fase experimental, permitirá às pessoas mais susceptíveis a este poluente tomar medidas de precaução em tempo útil, ou seja, quando os episódios de poluição estão efectivamente a ocorrer, o que acontece normalmente à tarde e em períodos de temperaturas elevadas, explicou ao PÚBLICO a chefe da divisão do ar e do ruído do IA, Ana Teresa Perez.
Este sistema de previsão - que foi desenvolvido para o Instituto do Ambiente pela Universidade de Aveiro - começou esta semana a ser divulgado na página do IA , mas só no próximo Verão é que ficará 'operacional', prevê Ana Perez.
A previsão das concentrações deste poluente será determinante para contornar o problema que se verifica sempre que há vários dias consecutivos de temperaturas elevadas, como aconteceu na semana passada: nalgumas estações de monitorização localizadas de Norte a Sul do país, os níveis de ozono ultrapassaram os limites a partir dos quais os organismos regionais do Ministério do Ambiente são obrigados a avisar a população (concentração superior a 180 microgramas de ozono por metro cúbico de ar).
Mas só depois de a associação ambientalista Quercus ter alertado para a necessidade de as pessoas serem avisadas atempadamente é que as comissões de coordenação e desenvolvimento regional reagiram, divulgando os dados; e só a de Lisboa disponibilizou a informação em tempo útil, de tarde, como notou então Francisco Ferreira, da Quercus.
Sublinhando que nos Estados Unidos há já algum tempo que está montado um sistema deste tipo, Ana Perez explica que a divulgação das previsões tem contribuído para que as pessoas tomem algumas medidas, como por exemplo evitar abastecer os veículos nas horas críticas e utilizar as carreiras públicas disponibilizadas pelas autoridades.
Os grupos populacionais mais sensíveis aos efeitos deste poluente secundário são as crianças, idosos, asmáticos e alérgicos e ainda as pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas. A exposição ao ozono afecta sobretudo as mucosas oculares e respiratórias e o seu efeito pode manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações nos olhos."
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