RESUMO
O presente artigo aborda o impacto da pandemia na alimentação de qualidade dos trabalhadores do campo e da cidade e os caminhos construídos pelos movimentos socioterritoriais para assegurar a segurança alimentar de comunidades de baixa renda no Brasil. Explica sobre o agronegócio como modelo hegemônico de produção, circulação, consumo de alimentos e algumas de suas consequências para a produção camponesa e consumo aos trabalhadores da cidade. Inclui dados da pandemia no Brasil e analisa experiências distintas que envolvem a produção e consumo de alimentos agroecológicos como resposta dos movimentos socioterritoriais à crise alimentar intensificada durante a pandemia. As ações de solidariedade com a doação de alimentos em comunidades de baixa renda, a venda direta por meio da entrega de cestas em Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) ou em Grupos de Consumo Responsável (GCR) são as ações aqui analisadas, realizadas em dois assentamentos da reforma agrária no interior do estado e uma rede de grupo de consumo na região metropolitana de São Paulo.
Palavras-chave: Segurança Alimentar. Soberania Alimentar. Movimentos socioterritoriais. Agroecologia.
(1) Geógrafa. Docente na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe - Territorial (IPPRI/UNESP) – E-mail: sas.fernandes@unesp.br